CÉLULA EVANGELÍSTICA 18

Hospitalidade: Uma expressão de amor a Deus e ao Próximo

Quebra-gelo: Alguém já foi a casa de um amigo ou parente que foi tão bem acolhido que parecia estar em sua própria casa? Como foi a sensação? Que sentimento despertou em você? Algum desses acontecimentos foi marcante na sua vida? Por que?

Texto: Hebreus 13: 1-3

Introdução: Se procurarmos por uma definição de hospitalidade, encontraremos que é o ato de hospedar, receber e cuidar de alguém que pertença a um ambiente diferente do anfitrião, um ato de amor o qual estabelece relacionamentos ou fortalece aqueles que já existem, propiciando a troca em benefício mútuo entre anfitrião e hóspede. A carta aos Hebreus nos lembra da necessidade de praticarmos a hospitalidade, de manifestarmos essa expressão de amor fraternal, não só aqueles que nos amam mas também ao estrangeiro que necessita ainda mais do amor de Jesus.

Deus é hospitaleiro conosco, pois recebeu em seu Reino, com misericórdia e amor, aqueles que um dia, por causa do pecado, foram inimigos de seus mandamentos, rebeldes, forasteiros ao Sagrado. O Senhor tratou nossas feridas, alimentou nosso espírito, nos banhou com sua graça, chamou-nos de filhos e nos preparou uma morada eterna.

Desenvolvimento:

1. Um Dever – No evangelho de Mateus, no capítulo 25, Jesus fala sobre sua volta e narra que no fim dos dias, ao separar suas ovelhas, lembrará de nossos atos para com os nossos semelhantes, e avisa que ao fazermos o bem aos outros, estamos fazendo a Ele. Quando recebemos alguém com alegria, recebemos ao próprio Cristo, assim como ele mesmo disse: “Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; Estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram”, Mateus 25:35,36. Nesse mesmo capítulo, Jesus também revela que aqueles que ignorarem o seu próximo e deixarem de acolhê-los em suas dificuldades, estão cometendo a falta não só ao próximo, mas ao próprio Cristo, pois deixam de cumprir seu mandamento de amar ao semelhante e consequentemente se afastam da comunhão com o Senhor.

2. Uma Necessidade – Não há como pensar em Igreja sem pensar em hospitalidade, pois a igreja tem a missão de levar o evangelho a toda criatura. E como trazê-las ao amor de Cristo sem sermos hospitaleiros com essas almas? É uma necessidade na vida da igreja que seus membros exercitem a hospitalidade entre si e aos que chegam de fora, pois essa expressão de amor é também aquela que o Pai manifestou ao aceitar-nos em seu Reino. Os seres humanos, para terem uma vida saudável, necessitam de relacionamentos verdadeiros, construtivos e cheios de amor; e essa é a vontade de Deus para todos, pelo amor Dele vivemos na graça, e por esse motivo precisamos acolher aos que necessitam dela. Muitas pessoas nesse mundo não conseguem enxergar a luz divina, estão imersos em trevas, na dor, no sofrimento, abandono e desilusão, eles têm a necessidade do Amor de Deus, mas sozinhas não conseguem alcançar, e cabe a nós abrir nossas portas e sermos mediadores dessa reunião, trazê-los com amor ao corpo de Cristo, que é a Igreja, exercitando a verdadeira hospitalidade, que pode ser praticada de muitas maneira:

  • Abrindo nossas casas aos irmãos e aos estrangeiros;
  • Recebendo as pessoas com amor e dedicação na Igreja;
  • Abrindo um espaço no nosso círculo de amizades para integrar os visitantes;
  • Intercedendo por aqueles que estão com dificuldades;
  • Acolhendo os necessitados, suprindo suas demandas, dando-lhes atenção, tratando suas feridas tanto físicas quanto espirituais, caminhando na vida cristã, sendo verdadeiros emissários de Cristo, disseminando seu amor.

3. Uma benção – No livro de Hebreus, o autor cita, que alguns, ao exercerem sua hospitalidade, hospedaram anjos. Tal passagem lembraria quando Abraão recebeu aqueles que pareciam ser andarilhos, mas, na verdade, estava recebendo anjos de Deus. Abraão logo que os viu, prontificou-se a recebê-los e a alimentá-los, e com isso esses seres divinos trouxeram a confirmação da promessa feita por Deus na qual Abraão teria um filho em sua velhice, uma grande benção para o ancião e uma boa nova a todas as nações pois daquela raiz viria o filho de Deus. Toda vez que recebemos alguém, recebemos o próprio Cristo, e com Ele vem todo tipo de bênção às nossas vidas, assim como fala em Provérbios 11:25, “O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá.”

Conclusão: Amar não é só sentir, mas é agir. Quando acolhemos alguém, estamos agindo não só em favor do próximo, mas em nosso próprio crescimento como servos e filhos de Jesus Cristo, quando abraçamos ao desamparado, abraçamos o próprio Cristo e como isso é edificante para o nosso relacionamento com o Pai! É mandamento para nós amarmos ao próximo, entretanto, também é uma necessidade e uma bênção a manifestação desse Amor, cuja fonte não tem origem humana, mas vem dos Céus, inspirado pelo Espírito de Deus.

Que a hospitalidade seja um exercício diário em nossas vidas, que o amor de Cristo possa ser visto em nós, e aqueles que ainda não conhecem esse Amor possam se achegar e serem acolhidos no Reino do Pai.

Arthur Arana